Alguém que eu amo


Alguem que eu amo, me pediu um dia
Que eu falasse de orvalho, de chuva e ventania
Expliquei que eu não escolho tema pra poesia
É o tema que me escolhe, assim à revelia
Não tenho controle do que ocorre então
Será que é isto que chamam de "inspiração"
Que chega de repente, não deixando opção
Como se algo estivesse a guiar a nossa mão?
Mas se eu tenho que falar do orvalho matutino
Eu diria que o orvalho é noturno pranto divino
Para encher de encanto os olho humano
Ante o "diamante"refletindo o sol soberano.
E se eu tenho que falar de chuva mansa no beiral
Eu diria que a chuva é som seleste, cantiga divinal
Evocando infância, histórias, pipocas, aconchegos
Meu pai, minha mãe...na doce infância dos meus enlevos.
E se eu tenho que falar do vento que assobia
Eu diria que o vento é soturna melodia
Como se a natureza bradasse de melancolia
Ou como se eu suspirasse por Ele ... de nostalgia!!!

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