Fruo de tal sensibilidade
Fruo de tal sensibilidade
Que é constante insinuar
De que sou um sonhador
Mas admito ao avaliar
Que não passa da idade
Ou da impressão desta dor
Amarga de veleidade
Que sinto por te amar
È dum tal aperto
No peito e não apenas
Que me mantém desperto
A zelar por minhas penas
Mas na ânsia de te ter
No meu colo escondida
Vou continuar a ser
Romântico por toda a vida
Se ainda assim não conseguir
Te manter apaixonada
Então menina, é melhor ir
Caminhar por outra estrada
Nem quero pensar assim
Antes a morte desumana
Porque isto que sinto em mim
É amor que de mim emana
A razão, és tu somente
E deste fogo que parece casto
Este sentimento premente
Que me serve de pasto
João Morgado
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