De tão triste, adormeceu


Segura nesta minha mão tremente
Das tozas, dos feitios, das opiniões
Na vaga deste murmurio plangente
Qual pássaro que sobrevoa multidões,

Pedaços do tempo de vida morna
Vazios de existência de alguém querido
Que dissipa o suplício, mas retorna
A cada tentativa de coração mais sofrido.

Este grito de alma é uma prece
Que me verga numa lágrima de amor.
Com a minha vontade que não esquece
Bebe comigo, deste cálice de dor

Fantasia comigo no palco da ternura ,
Bailando dos silêncios, a verdade
Nessa tua aura de menina mostra a figura
Dessa estrela branca, coberta de vaidade

A verdade e o desejo andam juntos
Como uma sena de Julieta e Romeu
Onde ao contrário ninguém fica defunto
E o contra-regra de tão triste adormeceu

Jót@!

De tão triste, adormeceu


Segura nesta minha mão tremente
Das tozas, dos feitios, das opiniões
Na vaga deste murmurio plangente
Qual pássaro que sobrevoa multidões,

Pedaços do tempo de vida morna
Vazios de existência de alguém querido
Que dissipa o suplício, mas retorna
A cada tentativa de coração mais sofrido.

Este grito de alma é uma prece
Que me verga numa lágrima de amor.
Com a minha vontade que não esquece
Bebe comigo, deste cálice de dor

Fantasia comigo no palco da ternura ,
Bailando dos silêncios, a verdade
Nessa tua aura de menina mostra a figura
Dessa estrela branca, coberta de vaidade

A verdade e o desejo andam juntos
Como uma sena de Julieta e Romeu
Onde ao contrário ninguém fica defunto
E o contra-regra de tão triste adormeceu

Jót@

Morrer sonhador, ou livre num grito?

Dor severa e atroz a da saudade,
E com ela escondo a realidade.
Suspiros duma mente que se alivia,
Só quando nasce alguma fantasia.

Este meu caminhar á descoberta
De sonhos reais e felicidade incerta.
Dos meus tempos fica a nostalgia,
Em que não tinha esta alforria.

Qual esfarrapar desta giesta,
Do ser de outrora já pouco resta,
Caindo em lágrimas de pouca agua.
Eu esvazio-me a cada nova mágoa

Na solidariedade de alguns iguais
São lamentos, são gritos, são ais.
A alma sente que apressados,
Sairemos sempre amargurados.

Almas de poetas em fados cantados
Buscam por sina, seres amargurados.
Fujindo á tristeza surge o conflito,
Morrer sonhador, ou livre num grito.

Mas fica na alma deste imaginado triste.
A alegria dum ser sensível que existe.
Tudo na vida passa! Se até a uva passa!
Alivia a tristeza sonhar acordado, e é de graça.