Eu quero


Eu quero...
Ah! como eu quero sentir o teu corpo inteiro
sentir no teu beijo a sensação de te amar.
Eu quero...
me abraçar aos teus cabelos
inebriar-me com teu cheiro de amor e de paixão.
Eu quero...
na imensidade vasculhar
e no teu corpo encontrar amor e oblação.
Eu quero...
Sentir o desejo se esvaindo
e num beijo molhado se cumprindo
em afagos loucos de sedução.
Eu quero...
Sentir por uns instantes meu peito bater forte...
com intensidade de alegria
e vaidade num doce amanhecer.
Eu quero...
Viver este momento de amor, plenitude
sentimento e deixar acontecer
tu não me sais do pensamento
Eu quero...
Te querer, pois eu amo amar-te.

Encanta-me


Encanta-me da maneira que tu quiseres,
como tu souberes
Encanta-me para que eu possa me dar.
Encanta-me nos mínimos detalhes.
Saiba-me me sorrir,
aquele sorriso malicioso e gostoso,
inocente e carente.
Encanta-me com tuas mãos,
gesticula quando for preciso,
toca-me, quero correr esse risco.
Acarinha-me se quiseres,
vou fingir que não entendo,
que nem queria esse momento.
Encanta-me com teus olhos,
me olha profundo,
mas só por um segundo,
despois desvia o teu olhar,
como se o meu olhar,
não tivesse conseguido te encantar...
e então, volta a me fitar,
tão profundamente,
que eu fique perdido sem saber o que falar.
Encanta-me com tuas palavras,
fala-me dos teus sonhos,
dos teus prazeres,
conta-me segredos, sem medos...
e depois diz-me que eu te encantei,
pode até não ser verdade,
mas faz-me acreditar,
eu vou gostar.
Encanta-me com serenidade,
mas não te esqueças,
também tem que ser com simplicidade,
não pode haver maldade.
Encanta-me com uma certa calma,
não tenhas pressa,
tenta entender a minha alma.
Encanta-me como fizeste com o primeiro namorado,
sem subterfúgios, sem cálculos,
sem dúvidas, com certezas.
Encanta-me na calada da madrugada,
na luz do sol ou em baixo da chuva.
Encanta-me sem dizer nada,
ou até dizendo tudo,
sorrindo ou chorando, triste ou alegre...
mas encanta-me de verdade, com vontade ...
que depois, eu te confesso que me apaixonei
e prometo te encantar todos os dias,
do resto das nossas vidas!

Alguém que eu amo


Alguem que eu amo, me pediu um dia
Que eu falasse de orvalho, de chuva e ventania
Expliquei que eu não escolho tema pra poesia
É o tema que me escolhe, assim à revelia
Não tenho controle do que ocorre então
Será que é isto que chamam de "inspiração"
Que chega de repente, não deixando opção
Como se algo estivesse a guiar a nossa mão?
Mas se eu tenho que falar do orvalho matutino
Eu diria que o orvalho é noturno pranto divino
Para encher de encanto os olho humano
Ante o "diamante"refletindo o sol soberano.
E se eu tenho que falar de chuva mansa no beiral
Eu diria que a chuva é som seleste, cantiga divinal
Evocando infância, histórias, pipocas, aconchegos
Meu pai, minha mãe...na doce infância dos meus enlevos.
E se eu tenho que falar do vento que assobia
Eu diria que o vento é soturna melodia
Como se a natureza bradasse de melancolia
Ou como se eu suspirasse por Ele ... de nostalgia!!!