De tão triste, adormeceu


Segura nesta minha mão tremente
Das tozas, dos feitios, das opiniões
Na vaga deste murmurio plangente
Qual pássaro que sobrevoa multidões,

Pedaços do tempo de vida morna
Vazios de existência de alguém querido
Que dissipa o suplício, mas retorna
A cada tentativa de coração mais sofrido.

Este grito de alma é uma prece
Que me verga numa lágrima de amor.
Com a minha vontade que não esquece
Bebe comigo, deste cálice de dor

Fantasia comigo no palco da ternura ,
Bailando dos silêncios, a verdade
Nessa tua aura de menina mostra a figura
Dessa estrela branca, coberta de vaidade

A verdade e o desejo andam juntos
Como uma sena de Julieta e Romeu
Onde ao contrário ninguém fica defunto
E o contra-regra de tão triste adormeceu

Jót@!

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